Pesquisa publicada na revista Research, Society and Development, v. 10, n. 6 em 07/06/2021, intitulada “Determinação de selênio em leite bovino in natura provenientes do Ceará – Brasil“, determina o teor de selênio no leite bovino cru integral. Além disso, a pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual do Ceará (UECE), sob a orientação da Profa. Dra. Carla Soraya Costa Maia, do curso de Nutrição, determinou a composição centesimal do leite bovino cru de diferentes regiões do estado do Ceará.
Descoberto por um químico sueco em 1817, o selênio se tornou uma área de interesse científico durante a década de 1950 e hoje é reconhecido como um oligoelemento essencial para o corpo humano. Oligoelementos são minerais presentes em pequenas quantidades em tecidos vivos, com diversas funções importantes. Existem no total 14 oligoelementos conhecidos, incluindo ferro, zinco, iodo, cobre, manganês, alumínio, chumbo e flúor.
O selênio pode ser obtido a partir da dieta ou através do consumo de suplementos. Funcionando como um poderoso antioxidante, ele beneficia o corpo humano ao proteger contra radicais livres nocivos, desempenhando funções imunes protetoras.
Quando alguém não consome quantidades adequadas de selênio, os seguintes sinais e sintomas podem estar presentes:
- Fraqueza muscular
- Fadiga crônica
- Perda de cabelo
- Infertilidade
- Problemas de imunidade
A pesquisa é inédita pois dados sobre a concentração de selênio em alimentos in natura no Brasil são ausentes em Tabelas de Composição de Alimentos brasileiros e ainda mais no leite bovino integral produzido no estado do Ceará.
Em síntese, a pesquisa encontrou que a média das concentrações de selênio, umidade, cinza, proteína, lipídio e carboidrato do leite bovino in natura do Ceará foi de 2.9 µg/100mL, 89.0 mg/100 mL, 0.6 mg/100mL, 2.9 mg/100mL, 3.6 mg/100mL e 4.0 mg/100mL, respectivamente. Lembrando que quanto maior a soma dos teores de proteína, lipídio e carboidrato, maior será o rendimento na produção de queijo.
A concentração de selênio no leite bovino in natura variou de 0.1 a 9.0 µg/100ml, sendo em algumas localidades foi superior em relação a outras localidades do Brasil e do mundo, podendo, portanto, contribuir para o consumo deste oligoelemento essencial pela população cearense.
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Fontes consultadas: iHERB; Research, Society and Development.